
Gestão Escolar
Aula de reforço online: como oferecer esse serviço na sua escola
Veja como oferecer aulas de reforço online sem atrapalhar as aulas regulares.
Leitura: 13 min
Você já parou pra pensar onde a escola está realmente lucrando?
Vamos supor que a sua escola atende crianças no ensino infantil, fundamental e médio. Em todos os casos, é necessário pagar mensalidades, que variam em preço de acordo com o nível. Mas e a margem de contribuição em cada uma?
Ou melhor dizendo: em qual dessas mensalidades é possível tirar a maior margem de contribuição?
Existem escolas que determinam uma margem única para todos os períodos letivos. E não há nada de errado nisso. Mas forças do mercado e as próprias particularidades dos turnos propicia margens diferentes.
Em alguns casos, manter a mesma margem te traz prejuízos. E em outros casos, ter margens individuais vai trazer lucro.
Pensando nisso, porque não ter margens diferentes? E como adicionar a margem em primeiro lugar? Como saber qual é a adequada?
Vamos conversar sobre esses três pontos ao longo do artigo de hoje. Tudo pronto por aí? Então vamos juntos:
Antes de qualquer coisa, precisamos entender o conceito por trás da margem de contribuição.
Trata-se de uma métrica fundamental da contabilidade gerencial e da análise de custos. Sua principal função é responder a uma pergunta básica: quanto sobra para pagar as despesas fixas e gerar lucro depois que um serviço é vendido?
Em empresas, esse número ajuda a decidir quais produtos devem ser priorizados, quais campanhas valem a pena e, em última instância, se o negócio está ou não no caminho certo.
Nas escolas, a lógica é a mesma — mas com particularidades importantes.
A fórmula da margem de contribuição é simples:
Margem de contribuição = Receita - Custos variáveis
Os custos variáveis são todos aqueles que aumentam conforme o número de alunos aumenta. Isso inclui, por exemplo:
Depois de calcular esse valor absoluto, é possível expressar a margem em percentual:
Margem (%) = Margem de contribuição ÷ Receita × 100
Exemplo prático:
Uma turma do ensino infantil gera R$ 30.000 em receita mensal. Os custos variáveis somam R$ 9.000.
Essa margem indica que 70% da receita dessa turma está disponível para cobrir despesas fixas (como aluguel, energia, salários administrativos) e, se sobrar, virar lucro.
Diferente da indústria ou do varejo, que trabalham com produtos tangíveis e margens muitas vezes já consolidadas, empresas de serviço — como escolas — precisam adaptar o cálculo.
O desafio principal é identificar quais custos realmente são variáveis e quais são fixos. Em serviços, muita coisa é mista.
Um exemplo mais detalhado:
O salário de um professor pode ser um custo fixo em uma turma com matrícula cheia. Mas se a escola precisar abrir uma nova turma só por causa de novos alunos, aquele mesmo salário passa a ser variável para fins de margem.
Outro ponto importante: serviços têm percepção de valor. Duas escolas podem oferecer exatamente a mesma estrutura, mas uma cobrar R$ 1.500 e outra R$ 2.300 — e ainda assim ter margens de contribuição semelhantes, porque seus custos variáveis mudam proporcionalmente.
Ou seja: margem de contribuição em serviços não é sobre quanto se cobra, mas quanto sobra.
Aplicar esse conceito na escola exige cuidados. O erro mais comum é considerar apenas a mensalidade como receita e deixar de lado receitas paralelas ou custos adicionais importantes.
Veja alguns pontos de atenção específicos da escola:
Além disso, escolas particulares têm um ponto delicado: não dá para demitir um professor por causa de 2 ou 3 alunos a menos em uma turma. Por isso, muitos custos que deveriam ser variáveis na teoria acabam virando fixos na prática.
O segredo é montar uma estrutura de margem com clareza, com base em dados e cenários realistas — e não em planilhas genéricas ou suposições.
A resposta direta: várias margens de contribuição.
Cada segmento escolar tem realidades completamente distintas. O custo de manter uma turma de ensino infantil é diferente do custo de manter uma turma do ensino médio.
A quantidade de funcionários, o número de horas-aula, os materiais pedagógicos e até o tamanho das salas interferem.
Usar uma margem unificada é mais simples, mas mascara realidades importantes. Pode fazer com que a escola invista demais em um segmento que dá pouco retorno — ou negligencie um segmento altamente lucrativo.
Vamos analisar separadamente cada um deles:
O ensino infantil costuma ser um segmento com margem mais alta — mas também com mais risco de evasão.
Exemplo:
Turma de 12 crianças, receita mensal de R$ 14.400 (R$ 1.200 por aluno). Custos variáveis somam R$ 3.200.
Essa alta margem, porém, precisa ser equilibrada com estratégias de retenção — já que as famílias tendem a trocar de escola com mais facilidade nesse ciclo.
No fundamental, a margem tende a ser mais estável, mas ligeiramente mais baixa que na educação infantil.
Exemplo:
Turma de 20 alunos com mensalidade média de R$ 1.400 → receita de R$ 28.000. Custos variáveis: R$ 10.000.
Esse segmento pode ter margens melhores com uso de conteúdo digital licenciado, aulas híbridas e pacotes opcionais bem estruturados.
No médio, o desafio é maior. A margem costuma ser a mais apertada — mas também é o segmento que mais exige qualidade acadêmica e infraestrutura.
Exemplo:
Turma de 25 alunos, mensalidade de R$ 1.600 → receita de R$ 40.000. Custos variáveis: R$ 18.000.
Se o ensino médio for muito exigente em custos e a escola tiver poucas turmas, ele pode até operar no limite da sustentabilidade. Nesse caso, vale olhar para ticket médio, oferta de pacotes premium e diferenciais acadêmicos com margem mais alta.
A margem de contribuição não é um número teórico. Ela é um reflexo direto da eficiência da sua operação. Calcular, comparar e agir com base nela pode significar a diferença entre crescer com solidez ou operar no limite todo mês.
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